Diálogos de Sofie IV: O humano (inumano) que habita em nós

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Palestrantes:
Profa. Dra. Nadja Hermann Profa. Dra. Lilian do Valle, Professora titular de Filosofia da Educação (aposentada) /UFRGS – Coordenadora Grupo de Pesquisa: Racionalidade e Formação/CNPq. Professora titular de Filosofia da Educação – Professora do PPGArtes / UERJ.

Debatedora: Profa. Dra. Leoni Henning (UEL)

Coordenação: Prof. Dr. Vanderlei Carbonara (UCS); Prof. Dr. Samuel Mendonça (PUC-Campinas); Prof. Dr.
Alexandre Filordi de Carvalho (UFLA/UNIFESP); Prof. Dr Luiz Roberto Gomes (Dep. Educação e PPGE -UFSCar).

Data: 13 de novembro de 2020 – sexta-feira.
Horário: das 17h às 19h.

Link de transmissão: https://youtu.be/-DoArew0I2Q

Público-Alvo: Estudantes, pesquisadores e profissionais da Educação, da Filosofia e das demais áreas das
Humanidades, bem como todos os interessados no tema.

Apoio
• PPG em Educação da PUC-Campinas
• PPG em Educação da UNIFESP
• PPG em Educação da Universidade de Caxias do Sul (UCS)
• PPGArtes/UERJ
• Departamento de Educação e Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
• PPG em Educação – UEL

Sobre os Diálogos de Sofie: Diálogos de Sofie é um ciclo de debates criado pela Sociedade Brasileira de
Filosofia da Educação (SOFIE) em 2020, durante o período de isolamento social decorrente da pandemia do novo coronavírus, com o objetivo de interpretar filosoficamente fenômenos sociais com implicações ao contexto da
formação humana.

Assista as edições anteriores:
• Diálogos de Sofie I: https://youtu.be/vxw5TfQiIt0
• Diálogos de SofieII: https://youtu.be/AvGTh-JfsgY
• Diálogos de SofieIII: https://youtu.be/Rh6jbthViSk

Saiba mais sobre a Sociedade Brasileira de Filosofia da Educação (SOFIE) – https://sofiefilosofia.org/
Informações Site da SOFIE: https://sofiefilosofia.org/

Para falar com os organizadores escreva para: sofie.secretaria@gmail.com

Sobre o tema das palestras:
O duplo humano/inumano e seus correlatos animal/homem, corpo/alma, modulados pela tradição metafísica, penetrou a cultura, com vasta repercussão em todas as dimensões da vida, prestando-se a equívocos.
Em consequência desse estilo intelectual, o lado espiritual passa a ser visto como hierarquicamente superior à corporeidade e à animalidade. Pretende-se, a partir da crítica ao humanismo, mostrar inconsistência do dualismo, retomando a questão do humano na perspectiva da vulnerabilidade, que, inscrita no corpóreo, traz a dor, o sofrimento e o prazer e nos coloca em redes de interação social pelas quais é possível desenvolver as capacidades que nos tornam humanos. Essa vulnerabilidade tem uma intima relação com as emoções que trazem aflições e inquietudes, influenciando nossas deliberações éticas, com largas consequências para a constituição do humano. (Profa. Nadja Hermann).

O «humano que habita em nós» só o faz porque habitamos o mundo – ou esses «mundos múltiplos e divergentes» que partilhamos com tudo que vive: se nossa humanidade é vacilante, não é porque um pluriverso de diferenças abala e põe em risco nossas certezas e posses, mas porque a precariedade é nossa condição primordial. Eis o que só aprendemos com nossos corpos! Obrigando-nos a um devir sensível e atento aos outros, a precariedade faz-se potência de agir, performatividade que se realiza para tantos, como pura resistência e para tão poucos como disposição afetiva de abertura e de exposição sensível a esses «mundos múltiplos e divergentes». As mil faces do humano e do inumano nos habitam quando habitamos o mundo, quando nos fazemos corpo, quando fazemos corpo com tudo que leva a ver que a existência, finalmente, sempre nos supera e nos aguarda ali onde não esperamos. (Profa. Lilian do Valle) .